É amanhã. Amanhã 7 mulheres, 5 homens e 2 times brasileiros tentarão uma vaga nos CrossFit Games. Eles estarão disputando as regionais sul, em San Antonio, Texas. Dentre essas pessoas, está a brasileira Antonelli Nicole. Ela não é qualquer uma participando dessa etapa regional. Ela é a 4ª colocada na América Latina e ainda está indo para seu 5 regionais em 5 opens. Na entrevista que ela concedeu para Hugo Cross, ela fala sobre seu treino, seu passado nos esportes, seu novo papel como dona de box e o futuro!
Nome: Antonelli Nicole
Box: CrossFit Imbatível
Tempo que treina: Desde 2012
Benchmark favorito: Não tenho benchmark favorito, mas gosto muito de chipper
Ponto forte no CrossFit:
Ponto fraco no CrossFit: Se tenho um ponto fraco, treino para que ele seja forte.
HC: Você é formada em educação física e praticou diversos esportes antes de iniciar o CrossFit. Como foi essa ida ao CrossFit? O que a fez optar pela categoria quando ela ainda começava no Brasil? E o que a prático dos outros esportes a ajudou?
AN: Fui para o CrossFit por que sempre gostei de competir, e sabia que teria isso lá. Mas jamais imaginei a dimensão que isso poderia tomar. Ballet, capoeira, handebol e musculação que fiz antes do CrossFit me deram uma base muito boa.
HC: Você foi uma das primeiras competidoras para valer que o Brasil teve de CrossFit, se tornando inclusive campeã do TCB em 2014 e tendo ido 4 vezes aos Regionais (após participado de 4 opens). Como você vê hoje o crescimento do esporte no Brasil? Em particular do público feminino….que está dominando o topo do leaderboard na américa latina.
AN: O crescimento no Brasil é muito grande e rápido e isso é bom. E sim, as mulheres são muito fortes na modalidade. E isso só tem a elevar o nosso nível.
HC: Antigamente tinha as regionais da América Latina. Agora existe a super regional sul, que os brasileiros competem junto com pessoas como Camille Le-Blanc Bazinet, Margaux Alvarez entre outras! Apesar de ter tornado a classificação mais difícil (desde então nenhum latino americano foi ao Games na categoria individual masculino, individual feminino ou time),o que você acha de competir lado a lado de pessoas desse calibre? A aprendizagem ajuda?
AN: Competir com atletas melhores que você só faz você crescer e melhorar. Acho ótimo.
HC: Como é a sua preparação normalmente que envolve open e regionais (quem sabe esse ano também Games!!!)? Há uma preparação específica conforme progride o ano culminando no open e depois muda para os regionais? Ou o foco desde o início são os regionais? Qual a sua rotina semanal de treinos?
AN: Sim, open é de uma maneira e regionais é de outra. Meu treinador, Luiz Mello, faz toda a periodização antes para que tudo saia o melhor possível. Exemplo, a rotina agora para as regionais é:
Segunda-feira: rest day
Terça-feira: dois períodos de treino
Quarta-feira: dois períodos de treino
Quinta-feira: aeróbico longo mais natação
Sexta-feira: dois períodos de treino
Sábado: dois períodos de treino
Domingo: dois períodos de treino
HC: Você saiu de atleta a coach à dona de box com a CrossFit Imbatível! Isso deve ter causado uma mudança drástica na sua rotina de treinos! Como conseguiu se manter em tão alto nível?
AN: Sim, mudou. Estou me ajustando para que tudo se encaixe. E tenho o apoio dos meus sócios, que me ajudam nessa, que são 3 educadores físicos.
HC: O que esperar da Antonelli Nicole esse ano nos regionais? Mudou alguma coisa na preparação de um ano para cá? Qual seria o evento sonho nos regionais para você? E o evento pesadelo?
AN: Esperar o melhor, que sempre é o objetivo. Ir mais longe. Preparação sempre muda, pensando sempre em aprimorar tudo. Não tenho evento dos sonhos nem de pesadelo. Tenho que estar pronta para tudo.