O nome dos CrossFit Games 2018: Michele Letendre

Você talvez nunca tenha ouvido falar dela. Ainda mais se começou a acompanhar o CrossFit há pouco tempo. Você deve até ter pensado que não lembra da colocação dela nesse ano e nem lembra dela ser citada em alguma prova. E realmente estaria certo…por que ela não competiu esse ano. Então por que ela é o nome dos Games de 2018?

Por que simplesmente ela é a treinadora dos dois segundos lugares, além de um nono e um décimo nono lugar. Claro que você pode pensar: mas o Fraser ganhou pela terceira vez seguida depois de dois segundos lugares e a Tia-Clair ganhou pela segunda vez depois de dois segundos lugares. Eles não são mais relevantes? Eles são pontos fora da curva. Consistentes e praticamente sem fraquezas, são atletas espetaculares de primeira grandeza. 

Contudo, pegue dois novatos, treine-os e faça-os ficar entre os melhores do mundo. E foi isso que Michele Letendre conseguiu. Ajuda o fato de ela mesma ter sido atleta e participado de 6 CrossFit Games, com a melhor colocação um 4o lugar geral em 2014. E sim, ela já era coach do Pat Vellner ano passado quando ele ficou em terceiro (e no ano anterior). Mas quem não se assustou co o que a novata, vencedora do premio de rookie (estreante) do ano, Laura Horvath, fez? Ela saiu do anonimato para uma estrela de primeira grandeza já no seu primeiro CrossFit Games.

E o que dizer de Willy Georges? O primeiro representante da França a ir para os Games fez bonito e chegou a ganhar uma prova. A 9a colocação para um estreante não é uma tarefa fácil e ele conseguiu segurar até o último momento essa façanha mesmo após umas colocações bem ruins em algumas provas. Pontos a serem melhorados ano que vem.

Claro que os atletas todos não são perfeitos ou tão consistentes quanto Toomey e Fraser.  Mas mostra que o trabalho que Michele  vem fazendo é bom e dá resultado. Ela mesma já admitiu em uma entrevista que já sentiu preconceito por ser uma treinadora mulher. Acho que esse ano ela mostrou que elas podem ser o que quiserem e fazerem tudo muito bem. 

Num mundo de treinadores homens bem conceituados como Ben Bergeron (coachda Katrin Davidsdottir, Brooke Wells e Cole Sager) e CJ Martin (coach da Invictus e de todos os seus atletas principais como os irmãos Garret e Lauren Fisher, Josh Bridges e afins), só nos resta dizer: SEJA BEM VINDA MICHELE LETENDRE!

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