Todos vimos com apreensão quando Brooke Wells, na prova de snatch, lesionou seu cotovelo de forma dramática. A impressão é que ele tinha de fato saído do lugar. No dia seguinte ela postou que houve uma luxação no cotovelo sim. Para quem não sabe, a luxação é o deslocamento dos ossos em relação ao seu ponto de articulação normal. Ela falou que foi prontamente atendida pela equipe médica nos Games e fez exames em seguida para saber o que houve. Ontem ela postou o resultado da ressonância magnética e infelizmente o resultado do exame não foi animador.
Ela teve uma ruptura total do músculo e dos ligamentos da parte interior do cotovelo (ligamento colateral ulnar) que causou a luxação. Uma ruptura de alto grau do ligamento colateral lateral e o tendão flexor que se desconectou de sua inserção óssea. Não houve fratura ou dano na superfície do osso. Brooke não entrou em detalhes se o cotovelo já a incomodava antes ou não. Vale lembrar que ela estava com algo do tipo uma cotoveleira naquele cotovelo durante a prova.
Brooke Wells já encontrou o time que fará a reconstrução completa do seu cotovelo. Todos os médicos da equipe esperam uma recuperação completa. Lesões são comuns em esporte de alto desempenho e este incidente não pode ser considerado regra. Mas o processo de recuperação pode ser lento. Quem acompanhou Vivi Aiello @viviaiellob, que teve uma ruptura total de LCA (ligamento cruzado anterior) combinado com lesão “alça de balde” de menisco no joelho durante o TCB, sabe que o processo pode ser lento mas que a recuperação é completa e hoje ela está pronta para voltar a competir. O HugoCross ainda agradece o apoio de Vivi Aiello, que além de atleta é fisioterapeuta (Crefito 131154-F), na confecção desse artigo.