Embora esse tenha sido de fato um TCB totalmente diferente, a competição fechou mais um ano com categoria e trazendo os melhores atletas brasileiros para dentro da arena. Como já noticiado, esse ano o TCB 2022 não pode ser realizado no Ginásio do Ibirapuera, sobrando apenas o Estádio Ícaro de Castro Mello. Algo que a organização soube apenas faltando 30 dias para o evento e tudo teve que ser mudado. Porém, mesmo com tantas e notórias complicações do estádio, que serviu como Hospital de Campanha para o covid-19, a equipe do TCB conseguiu operar um verdadeiro milagre.
“Foi disparado e sem sombra de dúvidas a edição mais estressante de todas. Começando com pandemia, depois a gente teve três adiamentos, a surpresa do evento dentro do Ginásio, que fez a gente ter que buscar uma alternativa. Porque o público e os atletas já estavam com passagem e hospedagem compradas. Isso nos trouxe um gasto inesperado, até porque a gente faria um evento indoor e passar para um local aberto, muda completamente tudo. Afinal os aparelhos para local aberto é diferente do fechado. Foi uma diferença de aproximadamente R$ 150.000,00. Então isso tudo onerou demais, mas em um momento como esse a gente só quer entregar o evento da melhor maneira para os atletas”, contou Thales Antoniolli para nossa equipe.
Esse ano, Joel Fridman, um dos criadores do TCB, não esteve presente por conta da covid. Porém, não deixou de enviar suas provas insanas para o evento. “A gente ainda teve esse problema do meu sócio que pode vir. Mas acredito que conseguimos levar para os atletas e o público um bom evento”.
Hopper reafirma importância do evento
A ex-atleta e empresária, Caro Hobo, criadora da marca Hopper Nutrition que é a patrocinadora Master do evento, falou sobre a marca estar presente na competição. “A Hopper vai fazer cinco anos de criação mas quatro que a gente lançou a marca. O TCB foi o primeiro evento que eu patrocinei, ele é muito importante, ainda mais quando falamos de posicionamento da marca. Afinal é o único campeonato que você pode sair com o título de campeão brasileiro do esporte. Então estar entre os maiores só ajudou e facilitou a marca cresce”.
Elite feminina
O TCB 2022 também marcou a volta de grandes nomes para dentro da arena, entre eles, a atleta Lari Cunha. Ainda cumprindo a suspensão mínima dada pela CrossFit após provar sua inocência, Lari não só marcou presença, como mostrou que é, de fato, um dos grandes nomes do país, garantindo um título que ainda lhe faltava na carreira.
Contudo, para quem achou que Lari teria uma larga distância das demais atletas, a história foi bem diferente. Lari teve Fernanda Dotto e Maria Livia atrás dela até o final da competição. Dotto que perdeu o pódio na última prova em 2019, mostrou que trabalhou suas valências e garantiu seu segundo lugar. Destaque também para Maria Lívia, que acabou de sair da categoria teen e já estreou na elite em grande estilo conseguindo a terceira colocação.
Aliás, além delas, merece destaque a campeã do ano passado, Emily Andrade, e Luana Soares , de volta após uma pausa focada na maternidade após vencer o TCB em 2018. As duas se destacaram e lutaram até o final por um lugar no pódio desse ano. Assim como resultado final, subiram no pódio do TCB 2022 Lari Cunha (1º), Fernanda Dotto (2º) e Maria Lívia (3º).
Elite masculina
Bruno Marins com toda a certeza foi o nome desse TCB 2022. Logo na primeira prova de nado com movimentos de peso, Bruno mostrou que viver em cidades praianas pode fazer toda a diferença. Ele usou sua experiência de surfista e venceu a prova com larga distância. Com resultados sempre parelhos, tendo apenas um resultado fora do top 10, o atleta da Cavaleiros fez bonito e levou a melhor na competição.
Kalyan Souza não começou tão bem a competição, mas das 10 provas, apenas 3 foram fora do top 10. O estreante surgiu como uma grande força esse ano tendo seu pior resultado um 20º lugar na prova com seu movimento mais fraco, o handstand push up. Mas ele não se intimidou apesar de estar disputando com seus ídolos, ganhou a última prova e terminou na segunda colocação geral.
Enquanto na 3ª colocação tivemos uma bela disputa entre os amigos Vinicius Stoelben e Pedro Martins. Eles não apenas fazem a mesma planilha, mas sempre que podem treinam juntos. Porém, no final, e no desempate, Stoelben levou a melhor.
Times
Para a categoria dos times, tivemos uma disputa “ombro à ombro” entre as equipes Team Treta, K9 Blindex, Vittoria Morereps, Team Cavaleiros e Team Soren. E olha que eles foram testados de diversas formas diferentes nesses 4 dias. Teve sincronia entre homens, entre mulheres, dupla mista, individualmente, e no sincronismo total principalmente com a worm na prova final.
Com tudo isso, foi a consistência que deu a K9 CrossFit o título por equipes esse ano. Eles não tiveram nenhuma vitória nas provas, mas também não tiveram nenhum resultado fora do top 10. O time Team Treta, principal time dos três que a Blacksheep levou para o TCB, não deu vida fácil ao K9 e buscou até o último momento o lugar mais alto no pódio. Mas um 23º lugar na prova de natação no primeiro dia e os bons resultados da K9 tornou a missão impossível e eles finalizaram a competição no segundo lugar.
Mais acirrado mesmo foi a disputa pelo terceiro lugar, que mudou muito durante a competição e só foi decidido na última prova. Um desempenho espetacular do Team Soren os fez saltar da 5ª para a 3ª colocação deixando para trás os 4º colocados até então, Cavaleiros CrossFit e o time da CrossFit Vittoria que entrou na última prova na 3ª colocação geral. Com isso, tivemos na classificação final o time da K9 (1º), Team Treta (2º) e Soren (3º).