Ele é o atual campeão do TCB na categoria 45-49: conheça Emerson Magalhães

Estamos de volta com as entrevistas e nesse começo temporada faremos uma série de reportagens com os melhores atletas do país, seja teen, master, elite de todas as catefgorias. E vamos começar com um master! De acordo com ele mesmo, competição sempre fez parte da sua vida. Quase atleta profissional de futebol, Emerson Magalhães @emersonmmagalhaes passou por diversos esportes, mas fez seu nome mesmo no CrossFit. Se tornou atleta de Cross tarde, já aos 39 anos, motivado após ir torcer pelo Lupa @lupa50cf no TCB @tcboficial de 2014. Teve sua estréia no TCB, contudo, em 2019 e desde então já subiu 3 vezes no pódio: 3o lugar em 2020, 2o em 2022 e campeão em 2023. O complicado mesmo é achar o equilíbrio entre atleta, coach, personal e dono de box na Jardins Fitness @jardinsfitness. Conheça um pouco mais de Emerson Magalhães.

Nome: Emerson Marques de Magalhães
Qual box você treina? Jardins Fitness 
Há quanto tempo você treina o CrossFit?  11 anos
Qual é o seu benchmark favorito? Fran
Qual é o seu ponto forte no CrossFit?  Exercícios ginásticos
Qual é o seu ponto fraco no CrossFit? carga máxima de deadlift
Quais são os 3 devem carregar objetos em sua mala de ginástica?
 grip, munhequeira, esparadrapo
Qual o seu PR de snatch? 107 kg
Qual o seu PR de Clean and jerk? 135 kg 
Qual o seu background esportivo? O primeiro esporte que eu pratiquei na vida foi o futebol. Tentei seguir carreira profissional mas, na época (início da década de 90) não conseguia empresário tão fácil. Acabei desistindo.

HC: Você quase foi atleta profissional de futebol, passou pela natação, jiu-jitsu, é formado em educação física e se tornou atleta de CrossFit já master. Quão importante na sua vida é o ambiente competitivo?

EM: Comecei a surfar todos os finais de semana. Entrei na faculdade de Educação Física e logo fui pra natação, musculação e depois Jiu Jitsu. E por fim, em 2013 iniciei o CrossFit. O ambiente competitivo é o que me motiva a treinar melhor todos os dias. A sensação  de superação dentro da arena é realmente algo que você precisa sentir pra entender esse sentimento. Principalmente na categoria master onde muitos atletas acham que não são capazes de realizar tal desafio, me motiva poder mostrar o que eu e o meu corpo ainda conseguem fazer, e assim poder motivar outros atletas.

HC: Além de atleta, você é um dos sócios da Jardins Fitness. Como que veio a ideia de montar o seu próprio negócio de CF? E o quais os grandes desafios para estar aberto há tanto tempo num lugar competitivo como São Paulo?

EM: Eu sempre sonhei em ter o meu próprio negócio. A ideia surgiu quando dois amigos educadores físicos que sempre foram muito antenados nas tendências da área de educação física começaram a praticar CrossFit e consequentemente abriram o seu próprio box. Eu fui treinar no box de um deles “Marcel Ligotti “ ex Headcoach na época da “Proteus”. Me apaixonei de cara pela modalidade e pelo formato palpável do modelo de negócio.

Comecei a treinar na CrossFit Pinheiros que era próximo do meu trabalho e lá surgiu a oportunidade de sociedade com outras pessoas. Assim em 2014 fundei a antiga “Jardins CrossFit” hoje “Jardins Fitness” com mais 4 pessoas. Os grandes desafios de um box em SP são conseguir atingir as necessidades da grande maioria. Hoje, o CrossFit deixou de ser novidade. As pessoas já sabem como a modalidade funciona.

Disponibilizar uma periodização adequada. Formar Coaches de qualidade e encontrar um lugar (imóvel) com um formato ideal para a prática da modalidade acredito que sejam os grandes desafios.

HC: O que e quem te motivou a ser atleta? E quais foram os primeiros passos quando isso se tornou uma decisão para você?

EM: Eu acho que a competição está no meu DNA. Eu sou aquele tipo de pessoa que não deixa nem o sobrinho ganhar numa partida de tênis rs. Eu sempre fui atleta de alguma modalidade. Sempre acabava indo competir o que estava praticando. No CrossFit, logo que eu iniciei na Pinheiros o Lupa já me olhou e disse “Você precisa começar a competir pelo Box”. Acredito que o que mais me motivou a competir CrossFit foi perceber que eu poderia estar entre os melhores atletas do país.

Quem me motivou? O TCB de 2014. 
Eu fui assistir pela primeira vez o TCB e torcer pro Lupa.  Eu fiquei encantado com o que vi naquele evento. O que os caras faziam era algo que eu não imaginava fazer, muito mesmos estar entre eles. Então todos os atletas de 2014.

Os meus primeiras passos foram:

  • Mudar  de planilha. 
  • Passei de 1h de treino pra 1h30, depois pra 2h até chegar em 3h por dia.
  • Procurei profissionais da saúde, Nutricionistas, médicos e fisioterapeutas.

HC: Sua primeira participação no TCB foi em 2019. E desde então você foi vice-campeão em 2020 na categoria 40-44, terceiro lugar em 2022 na 40-44 e campeão em 2023 na estreia da categoria 45-49. Qual TCB foi o mais complicado e marcante para você?

EM: Sem dúvidas o mais complicado foi o TCB de 2021. Eu estava numa fase de base da planilha. O ideal seria estar numa fase pré competitiva. Não consegui fazer uma boa leitura das provas para imprimir o meu melhor ritmo durante as baterias… foi complicado rsrs.

HC: O que achou da mudança da temporada do TCB esse ano? Preparado para defender seu título?

EM: As competições online são um pouco complicadas por conta da preocupação com a filmagem. Mas gostei. Principalmente na categoria master e teens que agora tem um formato classificatório parecido com elite. Fora isso, a premiação do pódio que agora terá troféus e vaga direta para a final é um fator motivacional para os atletas dessas categorias.

Ainda não tenho certeza se pretendo defender o título. A princípio estou focado no Open. Mas quero participar da fase online e das seletivas presenciais do TCB e sentir como será o fluxo desse ano.

HC: Com o começo da temporada tanto para o Open e o TCB, quais são as suas expectativas esse ano? Vai buscar uma vaga nos Games? São 40 vagas agora na sua categoria…

EM: A minha expectativa é muito boa pra conquistar uma vaga no games esse ano. No ano passado eu não me inscrevi mas testei a maioria das provas e fui bem comparado com os atletas que estavam na semifinal da minha categoria. Estou muito focado, trabalhando duro pra isso.

HC: Por sinal, o que achou das mudanças na temporada dos Crossfit Games esse ano?

EM: Eu gostei muito das mudanças. Principalmente por aumentarem o número de vagas para nas categorias do age group. Porém, a minha opinião, é que o melhor cenário para essas categorias se tratando principalmente de visibilidade é que o evento fosse na mesma data e local das categorias principais.

HC: Por fim, qual seria uma prova dos sonhos para a fase online do Open ou do TCB?

EM: Ah uma prova dos sonhos, seria uma combinação de uma prova com duas pontuações: AMRAP de 6 minutos. Sendo uma escada crescente de Thruster e Pull-Ups. Um rest de 2 minutos seguindo de 3 minutos para a maior carga de Snatch! 

HC: Obrigado e boa sorte na temporada de 2024.

EM: Estou muito grato pelo convite!

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