Ela ganhou o seu primeiro TCB em 2023: conheça Fernanda Dotto

Em apenas 9 anos ela saiu de sedentária e acima do peso para campeã elite do TCB @tcboficial. E mais, o CrossFit teve um impacto tão grande em sua vida, que Fernanda Dotto @fernandamdotto mudou de profissão e hoje é coach e sócia do box que dá aula, o Cross Zanca @crosszanca. Sua evolução com o tempo tem sido nítida para quem a acompanha em campeonatos e, apesar de ter nas suas cargas e no LPO seu ponto mais forte, foi a consistência em ginásticos que lhe garantiu a vitória em 2023. Conheça um pouco mais de Fernanda Dotto:

Nome: Fernanda Dotto
Qual box você treina?  Cross Zanca e Soren 
Há quanto tempo você treina o CrossFit? 9, quase 10
Qual é o seu benchmark favorito? Isabel
Qual é o seu ponto forte no CrossFit? LPO
Qual é o seu ponto fraco no CrossFit?
Quais são os 3 devem carregar objetos em sua mala de ginástica?
 Munhequeira, Grip e joelheira/caneleira
Qual o seu PR de snatch? 97,5kg
Qual o seu PR de Clean and jerk? 122,5
Qual o seu background esportivo?  Não vim de nenhum esporte – pratiquei um pouco de natação na infância como mais uma tentativa dos meus pais de me emagrecer

HC: Você era sedentária e estava acima do peso quando começou o CrossFit. O que te fez procurar a modalidade? 

FD: Fui em busca de saúde. Com a correria do dia a dia, a gente não percebe o quanto come e vai ganhando peso. Sempre fui gorda, mas ao subir alguns lances de escada, me preocupei com o cansaço e só assim enxerguei os 107kg (aquilo não era normal) – e então a convite de amigos, entrei para o CF em 2014.

HC: A ideia de investir na carreira de atleta veio como? Até por que já em 2017 você estreava no seu primeiro TCB!

Tudo fluiu naturalmente ao processo de querer evoluir e melhorar (a Fernanda do final de 2014 NUNCA se imaginaria atleta). Não existiu plano, mas sim vontade de estar no TCB, vontade de melhorar capacidades e, com isso, a necessidade de dedicação com uma coisa em que me sentia muito bem fazendo, treinando.

HC: Poucas pessoas sabem, mas você foi tão influenciada pelo Cross que mudou de rumo na sua vida completamente. Afinal, você é engenheira florestal com mestrado em ciências florestais e ambientais e do nada foi fazer educação física e virou sócia de box e coach. Conte um pouco dessa mudança toda na sua vida.

Gosto muito de tudo que vivi e estudei na minha primeira profissão – mas as opções de mercado de trabalho que eu tinha na época não aqueciam o meu coração – passar as horas de treino no box, dividindo, aprendendo e ensinando as pessoas que estavam por seus diferentes motivos ali, mexeu no coração, fui a cada dia querendo saber mais de treino,  protocolos de treinamento, métodos de ensino e estudando sobre “pessoas”. Assim, resolvi fazer EDF, e então, trabalho com isso  e virei sócia do meu Coach.

HC: Um momento marcante – para mim – na sua carreira foi no TCB de 2019. Você estava na liderança e acabou não subindo no pódio por não ir bem na final na prova que tinha 30 RMU. Como isso afetou seu treinamento desde então?

Nem sempre acertamos na estratégia dentro de um jogo, e esse foi o maior erro naquela prova – na época, já vinha me dedicando e muito aos ginásticos ( inclusive, eu sou a responsável pela ginástica na Cross Zanca). Naquele ano, voltamos para casa com mais um aprendizado e, o ano seguinte foi bem desafiador para todo mundo na pandemia – quase não voltei aos treinos para competir… Então, voltamos ao processo de se reconstruir e apareceu um tal de TCB 4All em 2021 (que foi um teste sem expectativa, num momento só pra aos treinos) e que me classifiquei em segundo lugar e não tive coragem de olhar para os meus alunos e falar que não iria – então voltei, e voltei treinando mais ainda ginástica.

HC: É inegável o quanto você trabalhou nos pontos fracos e voltou com tudo em 2022 ficando com um segundo lugar no TCB e se sagrou finalmente campeã ano passado na elite do principal campeonato do país. E agora? Vem com tudo para defender o título?

Me inscrevi no TCB, ainda não tenho certeza sobre a participação, pois, Infelizmente estou tratando uma lesão chata na mão desde o ano passado – estamos (médicos e Fisio)  correndo contra o tempo, com todos os tratamentos possíveis – mas já tivemos uma primeira conversa de uma possível não participação esse ano (e isso doeu demais no coração).

HC: Ano passado você estreou no Copa Sur ficando na 5ª colocação. O que acha que faltou e como vem sua preparação para esse ano?

Ser melhor que minhas concorrentes, e um descanso de 10” na prova do seated leg less , que mudaria todo o resultado. Me deixaram SONHAR na minha primeira semifinal, e o Copasur e Games são objetivos e acontecimentos, próximos e reais para 2024, estamos trabalhando muito.

HC: Com a vitória no TCB você ganhou a vaga para o primeiro LatAm Cup no Wodapalooza. O que achou da experiência e de sua performance no evento?

O WZA é um campeonato sensacional, em 2023 participei na Elite e foi surreal, com certeza o coloco no calendário competitivo anual. No Latam Cup esse ano a experiência foi desafiadora por decidir ir competir mesmo com a lesão. Eu estava até a penúltima prova em quarto lugar mas, só eu e o Zanca (meu Coach) sabíamos até onde eu poderia ir – calejei mais os pensamentos sobre resistir a dor, entendo um “não tão bom resultado” como parte do processo de recuperação… mas, sigo insatisfeita e fazendo tudo o que posso junto ao meu time para isso não se repetir.

HC: Por fim, qual seria uma prova dos sonhos para a fase online do Open ou do TCB?

Para ficar justo para todo mundo e não falarem que só coloquei LPO , poderia vir um DT com alguns shuttle run e burpee no meio aí

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