Como estão os brasileiros antes do início oficial da temporada 2024

Por Robson Moraes @robdemoraes:

Depois de falarmos sobre o que houve na off-season (leia Uma reflexão sobre a off-season). Hoje, vamos ver como está a situação dos brasileiros antes do Open. Não é possível passar por todos os brasileiros que disputarão a semifinal ou que são candidatos a disputa, então vou me limitar aos “favoritos” ou os “mais falados”.

Masculino

O grande nome do masculino é o Guilherme Malheiros. Embora não tenha classificado para os Games do ano passado, o Gui ainda é o maior favorito na disputa. Ele fez um bom Wodapalooza, especialmente se compararmos com os outros brasileiros, e tem tudo para confirmar a vaga aqui. Óbvio que precisa mostrar isso na arena, pois a semifinal são só 6 eventos e um vacilo pode ser determinante. Todavia, é o grande nome brasileiro, ainda mais se considerarmos seu histórico de 7º e 10º nos Games.

Os dois representantes brasileiros de 2023, Kaique Cerveny e Kalyan Souza, também são outros grandes nomes para esse ano. Apesar de terem feito uma ou outra competição abaixo do esperado ao redor do mundo, a última temporada foi um período que os dois adquiriram muita casca. Competiram com atletas nível Games e isso faz diferença na “vida de atleta” deles. Se tivéssemos três vagas, eles completariam o rol de favoritos facilmente. E isso pode acontecer dependendo de quantos sul-americanos estiverem no top 100 após as quartas-de-final. Outra dúvida é o quão o Kaique vai conseguir equilibrar a rotina de atleta e a vida de celebridade pelo namoro com a Juliette.

No segundo pelotão, podemos colocar uma galera que podem realmente deixar o jogo em aberto. Se tirarmos os três citados acima, os outros nomes estão dependendo muito mais de chegar 100%, cabeça boa, uma ótima preparação e encaixar tudo no final de semana da semifinal. Caso estejam bem, podem sim pegar uma das vagas.

Nesse pacote podemos colocar Anderon Primo, Vinícius Stoelben, Brunos Marins, Lucas da Rosa, Henrique Moreira e outros. Além disso, temos os atletas de fora do Brasil como Agustín Richelme que é um forte candidato também. No texto de hoje estou me limitando a falar dos brasileiros, mas o Richelme já foi o grande nome da região junto com o Malheiros.

Outro fator que afeta é saber quem poderá partir para a disputa em times. Alguns atletas já estão divulgando que tentarão a vaga em times e nas próximas semanas teremos mais atualizações sobre isso.

No masculino, talvez a grande ausência ainda seja o Pedro Martins, que cumpre a suspensão até junho.

Feminino

Pelo lado feminino, temos a bicampeã da Copa Sur, Victória Campos, liderando as apostas para conquistar uma nova vaga para os Games. A Victória é uma atleta bem cascuda, experiente e que sabe jogar o jogo. Contudo, também precisa provar isso na arena, pois sabemos que não há espaço para erros na semifinal.

A atleta que talvez seja a maior candidata a roubar o trono da Victória seja a Larissa Cunha, que retorna esse ano após a suspensão. A Lari estava dominando o cenário regional antes da suspensão. Depois disso, passou uns anos treinando mais quieta, mas volta forte para essa temporada e junto com a Victória é o grande nome brasileiro. Ela deve vir com muita força para finalmente conseguir disputar os Games.

Aqui, cabe um ponto atenção, a disputa no feminino não terá duas atletas fortes da região, a Alexia Williams (ARG) e a Valentina Rangel (COL). A primeira fez uma cirurgia e não poderá participar, e a segunda foi suspensa por falhar no doping. Elas foram, respectivamente, a segunda e terceira colocadas das Copa Sur do ano passado, por isso o destaque.

Considerando que abriu um buraco no leaderboard, as outras brasileiras também poderão chegar forte na disputada por uma vaga nos Games. Nesse grupo, podemos colocar Andreia Pinheiro, Júlia Kato, Emily Andrade, Fernanda Dotto, Luiza Marques, Amanda Fusuma entre outras. Todas possuem fortes chances de buscar uma vaga, porém também precisam estar naquele esquema: boa preparação, cabeça ajustada e encaixar o final de semana.

Andreia Pinheiro, após a suspensão da Valentina, herda o terceiro lugar da Copa Sur e isso por si só já coloca ela como uma das candidatas na disputa. Júlia Kato não conseguiu disputar os Games de 2022 e a Copa Sur 2023 como queria devido à uma lesão. Todavia, se tiver 100%, ela vem forte por uma das vagas. Ela tem um histórico de ótimos resultados e a Copa Sur 2024 pode sim ser mais um deles.

Emily Andrade e Fernanda Dotto fizeram um ótimo TCB e também foram bem no Wodapalooza LATAM. Luiza Marques e Amanda Fusuma sempre são nomes que estão no Top 10 das competições fortes da nossa região e podem sim subir mais alguns degraus até a vaga.

Em suma, a Copa Sur, no feminino, é uma disputa bem equilibrada, não imagino ninguém dominando a competição e acredito que podemos ter uma briga prova a prova até as últimas reps.

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