Em uma série de stories no Instagram, Guilherme Malheiros confirmou que está participando do Open apenas por sua relevância na classificação para o Rogue Invitational, mas deixou claro que seu foco principal atualmente é o WFP – World Fitness Project.
O atleta justificou sua decisão destacando os gastos elevados e a falta de suporte financeiro nas competições oficiais da CrossFit, como o Open e a Copa Sur. Gui revelou que competir no Brasil lhe traz despesas significativas com inscrição, passagens e estadia, sem retorno financeiro garantido. Em contraste, no WFP ele recebe um salário anual fixo para competir, além de ter todos os custos pagos pela organização, incluindo passagens e hospedagem.
Gui mencionou ainda que, em temporadas anteriores, patrocinadores forneciam bônus financeiros expressivos por desempenho, o que justificava o investimento em competições oficiais da CrossFit. Contudo, o atual cenário instável da CrossFit, onde “ninguém sabe o que vai acontecer”, foi determinante para sua decisão.
“Financeiramente, é muito melhor eu competir no WFP do que no CrossFit. Lá eu só recebo, não gasto nada. Na CrossFit eu gasto muito e não tenho garantia nenhuma de retorno,” explicou.
Apesar disso, Gui enfatizou seu amor por competir no Brasil, afirmando categoricamente: “Não existe um lugar melhor para competir do que o Brasil.” Ele expressou tristeza por não competir no país nesta temporada, mas reforçou que precisa pensar racionalmente em sua carreira profissional e financeira.
Sobre as polêmicas recentes em torno da CrossFit, Gui disse que a organização “caga na cabeça de todo mundo” e que sua participação no Open deste ano foi decidida de última hora após muita pressão da comunidade e conversas com amigos próximos, especialmente o atleta Roger.
“Foi uma decisão muito difícil e muito chata. Passei vários dias muito mal, mas tive que racionalizar. Decidi fazer o Open pela comunidade e pelo Roger, não pela empresa CrossFit”, destacou.
Gui Malheiros encerrou agradecendo ao apoio e carinho dos fãs, reconhecendo que nem todos entenderão sua escolha. Ele deixou aberta a possibilidade de voltar às competições oficiais em temporadas futuras, dependendo das mudanças e melhorias que possam ocorrer na organização da CrossFit.
PONTOS PRINCIPAIS
- WFP como prioridade: Salário anual, custos cobertos e nenhuma despesa extra.
- Cenário incerto no CrossFit: Gui vê falta de clareza nas próximas etapas e tem receio de gastos altos sem retorno.
- Patrocínios no passado: Antes, ele recebia bônus por vitória e tinha mais ajuda financeira. Isso diminuiu.
- Amor pelo Brasil: Destacou que competir no país é especial, mas não é viável agora.
- Decisão difícil: Passou dias preocupado antes de concluir que o WFP seria a melhor escolha.
Assista o video completo aqui:
TRANSCRIPT COMPLETO
00:00:00:00 – 00:00:12:28
Gui Malheiros:
E então agora você ouve a gente falar que a gente não vende a cápsula não vai pro na hora de comprar. Não só estou fazendo no Open por pura espontânea pressão.
00:00:12:33 – 00:00:38:31
Gui Malheiros:
Porque eu queria fazer aqui pela comunidade e falar umas palavras bonitas. Eu decidi fazer. E também porque apontou a profissão chamado por rock. E por causa de tudo isso, é o que está acontecendo com a Profit. Ninguém sabe o que vai acontecer. Eu decidi que, poxa, logicamente, financeiramente é tudo. A mente é muito maior, muito melhor. Eu competi o WCT contra você.
00:00:38:36 – 00:01:01:32
Gui Malheiros:
Por quê? Então, por exemplo, possam competir no Brasil. Não existe um lugar melhor pra competir do que o Brasil. Eu amo competir. É uma atmosfera só que por de entender. E eu tenho que entender também que isso é a minha profissão. Então é daqui que eu tiro, é daqui que eu pago minhas contas demais pra ir pro Brasil e pra competir a temporada.
00:01:01:37 – 00:01:29:02
Gui Malheiros:
Eu só gasto dinheiro, eu gasto dinheiro, já gastei no Open já. Aí tem que gastar, você não tem que gastar. Se eu fosse pra gastar, pra que eu posso gastar? Pra ir pro Games, pagar hotel, ninguém te pagar passagem porque te faço pagar alguma para a pessoa que eu posso pagar tudo. E em contrapartida, eu tenho contato com uma organização que está me tratando como atleta, que eu sou profissional.
00:01:29:02 – 00:01:39:08
Gui Malheiros:
Então, poxa, eu só recebo dinheiro pra competir internet, eu não gasto nada de aprendizagem e paga um salário anual pra eu.
00:01:39:08 – 00:02:02:28
Gui Malheiros:
Aos pouquinhos. Você veio nos outros anos porque nos outros anos eu tinha patrocinadores que não pagavam bônus. Então a minha competição eu ganhava um bônus muito sinistro. Se eu ganhasse uma prova, eu ganhava um bônus muito sinistro. Então pra mim, compensava muito descer e fazer tudo aí. E também porque, tipo assim, por não querer competir, quem quer competir no Brasil que é o meu povo, né?
00:02:02:33 – 00:02:31:33
Gui Malheiros:
E segundo que por causa da visibilidade, esse ano está começando muito por causa de todo o cenário que está acontecendo e que é mais. E também sobre o retorno de investimento, vocês devem saber se vocês investem, faz essas coisas. Vocês devem saber sobre o ROI Retorno OFF Investem por turno. Nossa, investe um retorno sobre investimento. Então, poxa, se eu estou investindo energia em duas paradas e só uma está me fazendo retorno, eu vou acabando, eu vou acabar fazendo as duas mal feito.
00:02:31:38 – 00:02:56:57
Gui Malheiros:
Então eu estou preferindo canalizar a energia só para uma parada onde eu tenho mais retorno e para me profissionalizar mais. Tá ligado? Aqui é o WFP. Poxa mano, eu estou recebendo um salário anual só pra existir competir, meus hotéis não são pagos, minhas passagens não são pagas, tipo assim, não tem um gasto nenhum, tá ligado? Então é o meu retorno.
00:02:56:58 – 00:03:13:50
Gui Malheiros:
Investimento é muito maior do que só o outro, entendeu? Porque eu vou ter. Eu só gasto isso aqui, eu só ganho. Então, se eu parar, logicamente, tendo essa oportunidade, entendeu? Compensa mais mim fazer isso. Deu pra entender? Eu sei que tipo assim vai ter gente que vai me amar, vai ter gente pra me odiar. Isso aí já é normal.
00:03:13:50 – 00:03:35:21
Gui Malheiros:
Desde 2017 já está acontecendo isso. Então nada de novo debaixo do céu. A Mas eu agradeço muito vocês pelas perguntas. Muita gente mandou pergunta, vai participar no bar e tal? Muito obrigado pela torcida, pelo amor de vocês. Tem gente que eu falo poxa, não vou? Ah, independente, só um conselho tamo junto e tal e energia vai pra essas pessoas, entendeu?
00:03:35:32 – 00:04:07:58
Gui Malheiros:
Minha energia vai para todo mundo, que tipo assim, entende? Me acompanha, é tipo assim, gosta do meu trabalho pelo que ele é, não tá ligado? Não por outra coisa. Então é isso aí, só agradeço. Gostaria muito de competir no Brasil. Adoraria, mas não vai ser o caso. Esse ano. Talvez ano que vem compense mais. Vamos ver. Talvez ano que vem seja outra temporada que eles sempre ficam decidindo um monte de coisa a cada ano, então nunca é uma certeza que vai ser a mesma coisa.
00:04:08:03 – 00:04:33:21
Gui Malheiros:
Mas é isso aí. Foi uma decisão muito difícil de tomar, uma decisão muito chata de tomar. Passei vários dias muito mal por causa disso. Muito mal mesmo, não faltou. Ou então pô, até decidir isso foi tipo assim segunda feira que eu decidi ir quando no 25,1 lá se eu não me inscrevi, a galera conversou comigo e eu decidi fazer por causa do Roger, porque ele falou vamos falar da maneira lá.
00:04:33:33 – 00:04:53:54
Gui Malheiros:
Ele falou cara, não faz e pela empresa não faz, porque eles cagam na cabeça de todo mundo, mas tipo assim faz pela comunidade, faz pelo E tipo assim as pessoas que estão aqui ao nosso redor, porque se não fosse isso a gente não estava junto Do mais eu por e como eu fiz, tá ligado? E também porque apontou para o Roger, Eu fiz isso também.
00:04:53:59 – 00:05:10:00
Gui Malheiros:
Eu quero competir, vou ver se eu quero ser convidado, né? Então é basicamente isso. Foi bem difícil, foi bem chato essa decisão, mas eu tive que racionalizar. Tá, beleza, compensa mais, depois lava.
