Os programas de treinamento funcional (home-based) são realmente eficazes?

Em virtude da restrição da prática de exercício físico dentro de academias e/ou parques, muitos profissionais estão prescrevendo treinos funcionais/calistênicos de curta duração para serem realizados em casa.

No ano de 2012, o grupo de pesquisa canadense (McRae et al., 2012) avaliaram (22 mulheres; ~ 21 anos) a efetividade desse método de treinamento realizado com o peso corporal (funcional/calistênicos de alta intensidade) seguindo a lógica do protocolo Tabata (8x 20 segundos de execução e 10 segundos de recuperação; totalizando 4 minutos de treinamento) na alteração da aptidão física (capacidade cardiovascular e resistência muscular localizada) e na percepção do prazer e compararam essas respostas no grupo que realizou um programa de treinamento cardiovascular tradicional na esteira (30 minutos ~85% da FC máxima).

O estudo teve duração de 4 semanas (4 sessões por semana). Os autores observaram um aumento no VO2 pico em ambos os grupos (cardiovascular tradicional: ~7%; Funcional: ~8%). Não obstante, o grupo do treinamento funcional de alta intensidade apresentou melhorias na resistência muscular localizada, o que não aconteceu no grupo tradicional. E uma questão muito discutida atualmente que é a percepção de prazer com a atividade física realizada foi aumentada no grupo de treinamento funcional.

Dessa forma, esse modelo de treinamento que tem sido prescrito por diversos profissionais é suficiente para melhorar sua capacidade cardiovascular, a resistência muscular localizada e a percepção de prazer com a atividade realizada.

Dr. Ramires Tibana (@ramirestibana)
Graduado, Mestre e Doutor em Educação Física (UCB).
Pós doutor em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina (UFMT).
Fundador do Hércules Functional uma plataforma com ênfase no Fitness Funcional (tcc.CrossFit).

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