Ela é a 5a “fittest woman on earth”: conheça Kari Pearce

Imagina começar o seu treinamento em Novembro. Fazer o open em Março e se classificar para os regionais em Maio. Estando nos regionais, terminar em terceiro e conseguir uma vaga para os Games. Tudo isso com pouco mais de 6 meses de treino. Parece impossível. Mas foi o que Kari Pearce fez, pegando todo mundo de surpresa em 2015. Mas seria injusto falar que ela começou em Novembro de 2014… por que ao olhar sua história, parece que ela tem se preparado para participar do CrossFit Games por toda sua vida. Nesta entrevista que ela concedeu para HogoCross, ela conta da sua trajetória esportiva, como se prepara para os Games e o que podemos esperar da mulher que ficou em 5o lugar no CrossFit Games ano passado e 2o lugar no CrossFit open esse ano.

Ficha Técnica:

 Nome: Kari Pearce

Box que treina: Eu treino em duas. De 3 a 4 dias da semana eu estou na Golden Phoenix CrossFit South em Edison, New Jersey e dois dias da semana estou na CrossFit SPOT em Nova Iorque

 Quanto tempo treina crossfit? Eu treino CrossFit desde Novembro de 2014, então em torno de dois anos e meio.

Qual seu benchmark favorito? Meu benchmark favorito é Diane por que eu gosto de deadlifts e hand stand push ups

Qual seu ponto forte? Meu ponto forte no crossfit são movimentos ginásticos, principalmente na força. Eu também costumo ir bem em treinos com burpees.

HC: Você sempre foi uma atleta. Você começou com ginástica (desde os 3 anos de idade), depois passou por levantamento de peso, bodybuilding, powerlifting e finalmente Crossfit. É como se você tivesse passado por todas as habilidades necessárias do CrossFit antes de começar CrossFit. Você tem como descrever um pouco essa jornada em competições e atletismo e como isso impactou sua carreira de CrossFit?

KP: Sim. Eu comecei ginástica aos 3 anos com a minha irmã mais velha. Isso me permitiu entender como movimentar meu corpo corretamente e desenvolver força desde muito cedo. Eu também comecei a competir aos 5 anos então eu não lembro da minha vida sem isso. Terminar minha carreira na universidade de Michigan aos 21 anos me levou ao levantamento de peso. Pouco tempo depois eu comecei bodybuilding e participei de uma competição de fisiculturismo. Um pouco depois eu me mudei para Nova Iorque e comecei powerlifting. E foi logo após isso que conheci CrossFit. Eu tinha feito tudo menos treinado a parte de endurance antes do CrossFit, algo que veio mais rápido do que esperava. Muitas pessoas sofrem com ginástica por que requer muita força e técnica. Eu tenho a vantagem por causa do meu background extenso. Começar aos 5 anos de idade também me preparou pata qualquer competição que entro, o que também é muito bom.

HC: Em apenas 6 meses treinando CrossFit você se qualificou para os regionais e foi direto aos Games, após um 3º lugar nas regionais. Você pegou todos de surpresa em 2015. Você esperava tamanho sucesso tão cedo?

 KP: Para ser honesta eu não esperava tanto sucesso tão cedo. Ao entrar no open, eu apenas queria ver como eu me compararia com outras atletas de CrossFit… ter ido aos regionais já foi um sonho que virou realidade. Depois do segundo dia de regionais, eu sabia que eu tinha uma chance de me qualificar para os games. O último dia de competição foi muito bem e eu acabei ganhando uma vaga para o Games. Foi surreal.
 

HC: Em 2016 você veio ainda mais forte e conseguiu um 5o lugar geral nos CrossFit Games. O que mudou na sua preparação? Foi por que você estava mais mentalmente ou fisicamente preparada? Será que finalmente veremos outra americana (ou seja, você) no topo do pódium em 2017?

 KP: Como você disse antes, em 2015 eu era nova no CrossFit assim como meu coach. Foi um grande aprendizado para nós dois. Ele foi capaz de ajustar minha programação para focar mais nos movimentos com barra de levantamento, que é minha área mais fraca. Ao fazer isso, nós trabalhamos para melhorar minha “máquina” como um todo. Eu acho que a maior mudança de 2015 para 2016 foi de conhecer o esporte melhor. Também as pessoas te dizem que o CrossFit Games é difícil, que você não consegue se preparar para isso. Você apenas tem que vive-lo e entende-lo completamente. Eu consegui me preparar melhor tanto fisicamente quanto mentalmente para meu segundo ano do Games. E sim, esse é o meu objetivo para 2017!!! EUA!!
 

HC: Como você se prepara para fazer um WOD do open? Você o faz mais de uma vez? Este ano você foi convidada a fazer o 17.2 ao vivo. Fez muita diferença para você?

 KP: Eu geralmente faço cada WOD do open uma vez. Nessa hora, é o meu foco principal. Quando eu faço os WODs, eu vou dar tudo que eu tenho para que eu não precise pensar em refazer. Este ano foi diferente como 17.2 ao vivo, então eu acabei refazendo ele. Foi muito divertido e uma ótima experiência, contudo é difícil estar na melhor posição quando você sabe o WOD logo antes de fazer.

 HC: Em todas as competições de CrossFit, qual é a sua favorita? Pode ser do open, regionais ou Games…qual que você lembra que curtiu mais?

 KP: Eu não sei se posso escolher um favorito por que todos tem algo diferente a oferecer. Se eu tiver que escolher um seria o games. Não me leva a mal, é o mais difícil mas é muito divertido ver o quanto você consegue se forçar. Ainda mais ser cercada de tantos atletas incríveis faz você dar ainda mais o seu melhor. O open também é muito divertido por que você faz na sua academia na frente das pessoas que você é próxima. Eles berrando e incentivando é um grande motivador. Eu tive uma grande torcida comigo na Golden Phoenix South este ano.

Nota do HC: Queríamos saber qual prova…mas ela entendeu errado. Desculpem aí!
 

HC: O que é preciso para ser uma atleta de elite do CrossFit? Quantas horas por dia, quantos dias por semana você treina? Você vive em constante dieta para se manter em forma?

 KP: Precisa de consistência diária. Dependendo do dia, eu treino de 2 a 5 horas. Eu sei que é um intervalo grande, mas depende do que o meu coach Mike Verrato preparou. Às vezes eu faço força pela manhã e depois nado ou remo à tarde. Alguns dias serão de levantamento intenso seguido de um treino de condicionamento metabólico e alguma ginástica. Meus dias de recuperação ativa são uma longa pedalada, nado ou remo com algum rolinho e trabalho de core. Dependendo de como corpo está, eu geralmente tiro um dia completo de descanso. Para a minha nutrição eu sigo a empresa RPStrength por que eu me sinto muito melhor quando estou seguindo uma dieta restrita. Se bem que às vezes eu dou uma refeição do lixo.

 HC: Finalmente…que conselho você daria, especialmente para garotas, que querem ser atletas de CrossFit? 

KP: Um conselho que eu dou para alguém começando o CrossFit é ser paciente. Há muitos movimentos complexos no esporte que não sairão perfeitos da noite para o dia. Esta também é uma das melhores coisas do CrossFit. Há sempre algo para ser trabalhado. Também sempre lembre de se divertir e que você está fazendo isso por você.

Nota do HC: A maior parte das perguntas foi enviada antes do open acabar. Conseguimos fazer mais uma no final do open!

HC: Você chegou tão perto de ganhar o CrossFit Open esse ano. Era algo que você almejava? Ou apenas percebeu que era possível perto do fim?

 KP: Ganhar o open não era o meu foco no início. Obviamente que todos queremos dar o melhor e nos posicionar o mais alto possível. Meu objetivo para o open era melhorar do ano passado, que obviamente consegui. O maior teste para mim foi a terceira semana por causa do lpo pesado. É geralmente quando sofro e caio nos rankings. Contudo este ano este foi o WOD que me levou ao topo do leaderboard. Foi quando eu percebi que tinha uma chance de ganhar. Depois de estar no topo do leaderboard por duas semanas, foi um pouco chato ficar com o segundo lugar. Mas eu usarei isso como motivação para o treinamento dos regionais;

 

FULL ENGLISH VERSION

 

Quick Profile

Which CrossFit affiliate do you train? I train at two. Three to four days a week j am at Golden Phoenix CrossFit South in Edison, NJ and two days a week I’m at CrossFit SPOT in New York City. 

How long have you been training CrossFit? I’ve been training CrossFit since November 2014, so about 2 and a half years. 

What is your favorite Benchmark? My favorite benchmark is Diane because I like deadlifts and handstand push ups.

What is your strength in CrossFit? My strength in crossfit is the gymnastics movements, especially strict. I also tend to do well with workouts including burpees. 

HC: You have always been an athlete. You went from an early gymnastic training (since 3 years old), to weightlifting, to bodybuilding, to powerlifting and finally CrossFit. It is as if you went through all the required abilities of CrossFit before you started CrossFit. Can you describe a little bit your journey in competitions and athleticism and how it impacted your CrossFit career?

KP: Yes I started gymnastics at the age of 3 with my older sister. This allowed me to understand how to move my body properly and develop strength from a very young age. I also began to compete at the age of 5 so don’t remember life without it. Finishing my career at the university of Michigan at 21 years old, led me into weightlifting. Shortly after that I picked up bodybuilding and did one physique show. Shortly after that, I moved to NYC and picked up powerlifting. It was right after that in which I discovered crossfit. I had done everything except endurance before crossfit, which came faster than I was expecting. Many people struggle with the gymnastics because the movements require a lot of strength as well as technique. I have an advantage because of my extensive background. Starting to compete at 5 years old also has prepared me for any competition that I do which is very beneficial. 

HC: In only six months of training CrossFit you qualified for the regionals, and went straight to the games after a 3rd place in the regionals. You took everyone by surprise in 2015! Did you expected this much success so soon?

KP: To be honest, I didn’t expect that much success that soon. Going into the open, I just wanted to see how I ranked compared to other crossfit athletes. Making it to regionals was already a dream come true. After the second day of regionals, I knew there was a chance that I could qualify for the games. The final day of competition went really well and I found myself earning a spot to the games. It was surreal! 

HC: In 2016 you came even stronger with a 5th place overall at the CrossFit Games. Did something change in the preparation? Was it because you were more mentally or more physically prepared? Can we finally see another American (we do mean you!) at the top of the podium in 2017?

KP: As you mentioned earlier, during the 2015 season, I was new to Crossit as was my coach. It was a great learning experience for both of us. He was able to adjust my programming to focus on the barbell movements which is my weakest area. Also in doing so, we worked on improving my engine. I’d say the biggest change from 2015-2016 though was just knowing the sport better. Also people tell you the CrossFit Games are very tough but you can’t prepare yourself for that. You just have to experience it to understand it completely. I was able to prepare myself better both physically and mentally for my second year at the Games. And yes, that is my goal for 2017!! USA  🇺🇸 

HC: How do you prepare to do an open workout? Do you do it more than once every time? This year you were invited to perform 17.2 alive! Did it make much difference to you?

KP: I generally just do each open workout once. At this point in time, it’s not my main focus. When I do the workouts, I’m going to give it everything I have so I don’t even have the thought of redoing it. This year it was different with doing 17.2 live so I ended up redoing that workout. It was a lot of fun and such a great experience, however it’s tough to be at the top of your game when you find out the workout right before you have to do it. 

HC: In all these CrossFit competitions events…which one was your favorite? It can be from the open, the regional or the Games…which one do you remember to have enjoyed yourself the most?

KP: I don’t know if I can choose a favorite because they all offer something different. If I have to choose just one then it would be the Games. Don’t get me wrong, it’s the toughest too but it’s a lot of fun seeing how hard you can push yourself. Plus being surrounded by so many great athletes makes you step up your game too. The open is also a lot of fun because you get to do it at your home gym and in front of people you are close too. Them yelling and screaming is such a great motivator. I had a great crew watching me at Golden Phoenix South this year!! 

 

Note by HC: We were asking for an event, or WOD! But there was a misunderstanding in the question! Sorry about that!

HC: What does it take to be an elite CrossFit competitor? How many hours a day, how many days a week of practice do you do? Do you live on a constant diet to stay in shape?

KP: It takes consistency day in and day out. Depending on the day, I train 2-5 hours. I know that’s a wide range but it just depends on what Mike Varrato, my coach, has in store. Sometimes I will do strength in the morning then a swim or rowing session later in the day. Some days will be an intense weightlifting session followed by a metcon or some gymnastics. My active recovery days are a longer bike ride, swim, or row with some foam rolling and bodyweight core. Depending on how my body is feeling I generally take one complete rest day a week. For my nutrition, I follow RPStrength because I feel much better when I’m on a strict eating regimen. Though sometimes I treat myself to a cheat meal.

HC: Finally…what advice would you give to someone, especially girls, who want to start as a CrossFit athlete?

KP: Advice that I would give someone that is starting as a CrossFit athlete is be patient. There are a lot of complex movements in the sport and they won’t become perfect overnight. This is also one of the best things about CrossFit. There’s always something to work on. Also just remember to have fun and you’re doing it for yourself! 

Note by HC: most of this interview was prior to the end of the open! We then asked her a final question after the open was over!

HC:  you came so close to winning the open this year! Was it something you were trying to? Or did you realized it was possible only close to the end? 

KP: Winning the open was not my main focus going in. Obviously we all want to do our best and place as high as we can. My goal for the open was to improve from last year, which I certainly did. The biggest test for me with the third week because of the heavy barbell workout. That is generally where I struggle and fall in the rankings. However this year that was the workout that brought me to the top of the leaderboard. It was then when I realized I had a chance at winning. After being at the top of the leaderboard for two weeks, it stung a little to get second place. But I will just use that as motivation for regional training! 

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