O que esperar da temporada de Crossfit de 2018?

Já escrevemos aqui sobre algumas mudanças anunciadas por Dave Castro para a temporada de eventos oficiais da Crossfit em 2018. A mais relevante de todas para nós foi a criação da regional focada na América do Sul. E você sabe como isso foi conquistado? Especialmente pela quantidade de pessoas da nossa região que se inscreveram nos últimos anos no open, a competição online da CrossFit.

Sim galera, ganhamos relevância!! Vocês lembram quando a gente falava como era legal se inscrever nessa competição pela superação, pela comunidade, por fazer coisas que você achava que não conseguia? Muitos falavam que não servia para nada. Bom…é por causa do envolvimento da comunidade (em particular a brasileira, que foi o 3o país com o maior número de inscritos no open de 2017) que agora foi criada a regional da América do Sul.

Infelizmente, o número de vagas não será igual ao do restante do mundo. Teremos apenas UMA. Isso por que, desde que as super regiões foram criadas, apenas o time da CrossFit Bigg se classificou. No entender de Dave Castro, e ele  falou disso expressamente, os atletas daqui ainda não atingiram o mesmo nível dos que já competem no CF Games, mas, por outro lado, o envolvimento da comunidade foi o suficiente para que o continente sul americano ganhasse a sua própria regional.

E, claro, ficará bem mais perto e mais barato para assistirmos se quisermos, e para os atletas participarem também! Isso melhorará muito a situação dos nossos atletas. Por sinal, já que fomos o 3o país com mais inscritos no mundo, bem que a competição poderia ser em terras tupiniquins, não? Não custa sonhar!!

Outra mudança, que vai afetar significativamente o caminho e o próprio games, é o novo formato dos times que anunciado por Castro. Serão 4 membros ao invés de 6. Isso faz com que alguns boxes brasileiros e da região que tentavam fazer super times para ir ao games liberem alguns de seus membros para disputar no individual, pois haveria chances reais de classificação. Logo, novos atletas da Bigg, Tuluka, Moema e afins entrarão na disputa para a tão cobiçada vaga do individual. E que nos desculpem os colegas sulamericanos, mas continuaremos na torcida para que os brasileiros entrem com ainda mais força nesse regional e finalmente faturem a tão sonhada classificação.

E essa classificação pode vir em times também, hein? Apesar da Bigg já ter enviado um time fortíssimo ano passado, será que com menos membros não temos a possibilidade de formar um time mais coeso e tão forte quanto por aqui? Fica bem mais fácil reunir 4 pessoas do que 6 de alto nível num único box. Além disso, Dave também acha que montar WODs para 4 ao invés de 6 será melhor, mais prático, e o público conseguirá acompanhar mais. Pena daqueles que tem a WORM para 6 pessoas…pois agora serão apenas 4. Terá que mudar a WORM. Além disso…vale lembrar de todo o suspense do time da CrossFit Mayhem, do Rich Froning, para anunciar a atleta que faltava para o sexteto….e que agora que anunciou, tudo mudou. Essa mudança foi bem estudada nos últimos anos tendo que vista que os invitationals eram de times de 4 e não de seis pessoas. Esse laboratório foi importante para a decisão tomada.

Podemos considerar essa mudança como uma vantagem também se o número de classificados para a regional da América do Sul for o mesmo que as demais. Se forem 40 atletas masculinos, 40 atletas femininos e 40 times, teremos mais competidores ganhando experiências em competições de alto nível organizada pela própria CrossFit. Mas ao mesmo, podemos estar perdendo também um importante aprendizado e a experiência de competir ao lado de atletas como: Camille Le-Blanc Bazinet, Tennil Reed-Buerlein, Travis Williams e Elijah Muhammed. Mas acho que a possibilidade de vaga compensa, hein…e muito!

Por fim, ele avisou, e vale muito o destaque….aquele evento de hand stand walk com obstáculos deve voltar. Então é melhor os atletas começarem a treinar o que foi feito no invitational para não serem pegos de surpresa depois! Eu particularmente já treinei essa escada de anilhas no HSW e é muito legal, mas muito pior do que parece. Mas nada do que os atletas de ponta não tirem de letra.

Por enquanto é isso…a temporada oficial da CrossFit está no fim (como não curto muito o liftoff…então nem comento dele). E que venha 2018 com todos estes novos elementos, para nos divertimos e nos empolgarmos ainda mais!! E esperamos que 2018 seja o ano de ver brasileiros nas principais categorias do CrossFit Games!

 

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