Os CrossFit Games começam oficialmente na quarta-feira dia 01. Isso é uma volta ao que já aconteceu quando os Games começavam na quarta-feira e tinha um dia de descanso na quinta-feira. Faz sentido dado o que o Dave Castro falou que vai ser o pior primeiro dia de todos os tempos.
Contudo, o que sabemos até agora é que o Zeus vai voltar. Aquela estrutura gigante montada pela Rogue em 2015 e 2016, usada para fazer o Murph. Dave inclusive anunciou que um dos eventos do primeiro dia era 30 MUs por tempo. Cada um na sua argola até finalizar. Será que ele pretende refazer o que fez nos regionais? Provas exclusivas de endurance, ginástico e força? Temos confirmado também o obstacle course, mas esse duvido que ocorra no primeiro dia. O motivo é que geralmente nas primeiras provas ele põe tarefas que todos podem fazer ao mesmo tempo e ai começa a definir as baterias.
Na disputa masculina, Mathew Fraser parece indestrutível, certo? Nem tanto. Não me levem a mal, ainda acho que ele vai ganhar os Games. Mas quando todos os atletas dos regionais foram colocados num único leaderboard, o campeão acabou sendo….Patrick Vellner. Sim, o canadense teria ficado na liderança global de todos os regionais. Vale salientar que ele, em sua pior prova, que envolve corrida (ou assim foram nos Games do ano passado) ficou em 9o lugar no all regionals (no triple three). Ah mas Fraser não havia batido o recorde de 3 provas? Sim, mas nessa prova ele foi bem mal e ficou em 81o. Mas todos sabemos que Fraser quando olha para os lados e vê os outros competidores, não para.
Por que eu acho que ele vai ganhar? O problema de lutar contra o Fraser é que tem poucos atletas do nível dele ou perto dele. Sem falhas. Então nos últimos dois anos ele simplesmente não foi mal em nenhuma prova e garantiu vitórias esmagadoras. Não precisa apenas de uma pessoa boa, mas de várias para entrar no caminho dele. Mas estou curioso agora para saber o que não treinar com o Ben Bergeron fez nele. E alguns nomes despontam, como o segundo colocado ano passado, Brent Fikowski e o eterno 4o-6o lugar Scott Panchik, que espero que quebre essa maldição esse ano. Noah Ohlsen se mudou para treinar com o seu coach e, se não fizer nenhuma besteira em alguma prova como sempre faz, pode dar bastante trabalho também. James Newburry também foi muito bem nos regionais e pode surpreender. Ele teria ficado no 4o lugar nos all regionals, logo atrás de Fikowski e ante do Ohlsen. E obviamente a torcida vai ser para o brasileiro Pablo Chalfun! Ele tem pinta de que vai surpreender. E nós vamos acompanhar cada segundo dessa trajetória dele.
Do lado feminino a disputa vai ser tensa e acirrada. Katrin não gostou nada do 5o lugar ano passado e seu próprio coach Ben Bergeron falou que ela nunca treinou tanto nem tão forte como nesse ano. Mas acho que depois que a Tia Clair-Toomey sentiu o gosto da vitória, vai ser difícil segurar ela. Ela conseguiu inclusive esse ano ganhar da Kara Saunders (antiga Kara Webb) nos regionaias que era dominado por ela há anos. Não à toa, Katrin ficou em primeiro considerando todos os regionais e Tia em segundo.
Mas as duas não estarão sozinha e isoladas no topo. Ano passado eu a desprezei. Esse ano não mais. Annie Thorisdottir veio com força ano passado e conquistou a terceira colocação e voltou a liderança em seu regional e 3a no overall. Além dela teremos a Húngara Laura Horvath, que deu trabalho para a Annie em seu regional e promete muito. A questão é que o grupo de mulheres é tão disputado que fica difícil definir um favoritismo isolado. Até Sara Sigmundsdottir pode surpreender esse ano agora que está em paz consigo e tem treinado tão bem como nunca. Honestamente, vai ser impossível de acertar mas lindo de se ver.