Que final de semana! Que evento! Parabéns Brazil CrossFit Championship por ter nos dado uma competição digna de um regional, extinto pela CrossFit esse ano. Com um rol de atletas de excelente nível e provas diversificadas, foi difícil tirar os olhos da arena. Por sinal, fica aqui uma sugestão, algum intervalo de almoço seria muito bom para os espectadores! Se por um lado criticamos, também precisamos elogiar a emocionante prova final de 7 rounds eliminatórios entre os 8 melhores atletas (ou times). Os atletas tinham que fazer 20 cal na bike e 16 m de OH Walking Lunge. O último que chegasse em cada rodada era eliminado.
A arena estava lindamente montada para receber os atletas e eles não decepcionaram nem um pouco. Após 3 provas, e três vitórias consecutivas o cowboy Sean Sweeney liderava com tranquilidade. Não apenas a competição mas o carismático atleta trouxe o público para torcer com ele. Ele, que já tinha a vaga garantida estava lá pela experiência, oportunidade e para se divertir. Mas foi a partir do 4o evento que Will Moorad despontou para a liderança e entrou no domingo com uma vantagem de 44 pontos em relação ao segundo colocado Saxon Panchik. Os dois eram já os favoritos pela vaga. Will foi aos Games em 2014 apenas. Após duas tentativas falhas de retornar em 2015 e 2016, ele foi diagnosticado com uma doença autoimune e teve que largar o CrossFit. Mas o diagnóstico estava errado e quando ele recebeu a notícia focou novamente no CF e o resultado está ai. Um retorno aos Games após 5 anos. Saxon Panchik bem que tentou. Teve uma atuação brilhante no evento e ainda contou com a eliminação precoce na prova final de Will Moorad, segundo a cair. mas ele precisava de um segundo lugar para garantir a vaga e Alex Caron, Zach Watts e John Wood não deixaram. O pódio masculino então ficou: Will Moorad em primeiro, Saxon Panchik em segundo e Spencer Panchik, irmão gêmeo de Saxon, em terceiro.
Apesar da liderança folgada do início ao fim de Mekenzie Riley, a vaga dela já estava garantida aos Games então o foco não era bem ela. A disputa mesmo ficou entre a grande surpresa na mexicana Cecília Ramirez Villamil e a grande favorita à vaga Paige Semenza. A mexicana começou o último dia na frente da americana e com grandes chances de levar a vaga. E tudo também se resumiu à prova final. dessa vez foi Cecília quem saiu cedo e deixou o caminho livre para Paige Semenza garantir o segundo lugar na prova final e a vaga para os Games. Ela voltará aos Games pela 3a vez, uma como time e ano passado a sua estréia no individual. Cecília infelizmente perdeu até o pódio nessa prova tendo em vista que a terceira colocação ficou para a já classificada canadense Carolyne Prevost.
Por fim, na parte de times, temos que chamar a atenção do grande desempenho da equipe Indomáveis, criada para esse evento e composta pelos brasileiros Pablo Chalfun, Vinicius Stoelben, Antonelli Nicole e Lari Cunha, que finalizaram na quarta colocação geral, na frente de equipes como a da East Woodbridge que tem uma larga experiência em regionais. Mas aqui também temos outra história. Depois de Invictus X perder a vaga conquistada no Mid Atlantic CrossFit Championship por causa de um caso de doping da atleta Christine Loehner, eles estavam contando com esse evento para voltar aos Games. Só que as estratégias não funcionaram e a disputa mesmo entre os times ficou com Pro1 Montreal e CrossFit Santa Cruz. Eles dominaram a competição e não deixaram os outros times nem chegar perto de sonhar com a vaga. E foi apertado até o final quando Pro1 garantiu seu retorno aos Games. Eles ficaram em 14o ano passado. O time da CrossFit Santa Cruz central ainda tentará pelo French Throwdown e Granite Games a vaga para os CrossFit Games 2019.
Então é isso. Esse foi um breve recap do que ocorreu esse final de semana no Brazil CrossFit Championship. Foi um evento de altíssimo nível, muito bem organizado e que veio mesmo para ficar. Parabéns a todos os envolvidos e até ano que vem!