A CrossFit publicou ontem em seu site os motivos pelos quais suspendeu as suas páginas do Facebook e do Instagram. A notícia, dada em primeira mão pelo site Morning Chalk up, após uma ligação ao criador do CrossFit Greg Glassman. Em termos mais simplórios, dado o imenso uso dessas redes sociais e os escândalos recentes a que estão envolvidas, como venda de dados de seus usuários e a extinção de páginas sem explicação, Greg disse que o Facebook “não está de acordo com os padrões da minha comunidade quanto a privacidade e decência, por isso estamos fora”.
O estopim, segundo a declaração oficial foi:
“Recentemente, o Facebook excluiu sem aviso ou explicação o grupo de usuários Banting7DayMealPlan. O grupo tem 1,65 milhão de usuários que publicam depoimentos e outras informações sobre a eficácia de uma dieta com pouco carboidratos e rica em gorduras. Embora o site tenha sido reintegrado posteriormente (também sem aviso ou explicação), a ação do Facebook deve dar motivos sérios a uma pessoa para fazer uma pausa, especialmente aqueles que estão envolvidos em atividades contrárias à opinião predominante.”
De certa forma, fica até compreensível o motivo da atitude tomada. Principalmente se considerar os escândalos recentes a que essas redes estão envolvidas. Mas um dos motivos nos chamou a atenção, que seria o seguinte:
“O Facebook está atuando a serviço dos interesses da indústria de alimentos e bebidas, excluindo os relatos de comunidades que identificaram ciência nutricional corrompida responsável por doenças crônicas globais não controladas. Nisso, segue as práticas da Wikipédia e de outras plataformas privadas que hospedam conteúdo público, mas retêm a capacidade de remover ou silenciar – sem a oportunidade de um verdadeiro debate ou apelo – informações e perspectivas fora de um escopo restrito de crença ou pensamento. Neste caso, a perspectiva aprovada resultou na morte de milhões de pessoas por doenças evitáveis. O Facebook é, portanto, cúmplice da crise global de doenças crônicas.”
Fica contudo parecendo um pouco de teoria de conspiração em excesso. Em nosso post no Instagram onde relatamos o desaparecimento sem explicação da CrossFit Inc, recebemos comentários e directs com reclamação de donos de box. Apesar de a CF não ser obrigada a fazer publicidade, pois CF não é uma franquia e a taxa é para pagamento de uso da marca, as páginas do Instagram e Facebook faziam exatamente esse papel de divulgar muito bem a modalidade. Muitos chegaram a questionar se ainda valeria a pena manter a marca.
Apesar de compreensível o medo de Greg Glassman, como ele vai querer combater essa suposta rede internacional contra saúde e bem estar se não tem onde divulgar para a grande massa? Claro que as páginas do Twitter, dos CrossFit Games e da CrossFit estão ativas, mas o alcance é bem menor considerando que o mundo vive conectado em redes sociais.
De resto, vale dizer que como o HugoCross não é ligado a empresa CrossFit, poderá manter sua página normalmente e levaremos sempre que possível as principais notícias do mundo do CF para todas nossas redes sociais.