O uso de acessórios no CrossFit

É muito comum você entrar numa aula de CrossFit e ver todo mundo cheio de equipamentos: Munhequeiras, joelheiras, cintos e mais um pouco. Mas será que estamos usando da forma correta? Será que não exageramos no uso desses equipamentos? Para saber disso eu procurei o fisioterapeuta Rodrigo Cassemiro (Crefito3 60927 – F), que atua há anos na fisioterapia esportiva dentro do CrossFit e há 4 anos é responsável por todos os atletas atletas das eletivas e Torneio CrossFit Brasil (TCB) e ainda é dono de dois boxes de CrossFit.

A primeira coisa que ele me falou é que todos os praticantes de CrossFit deveriam fazer uma avaliação, ou uma entrevista para analisar possíveis problemas que podem afetar a prática da atividade ou mesmo se a rotina da pessoa influenciou em algumas falta de mobilidades ou deficiências. Com isso, o coach, durante o período de adaptação das aulas poderá melhor orientar os alunos na compra de acessórios e se são necessários neste primeiro momento. O uso de equipamentos de proteção, joelheira, munhequeira cintos etc, são bons equipamentos, mas devem ser usados com critérios e não porque os grandes atletas games usam. Há estudos que aconselham o uso aipos 70/80% do PR, pois aí sua efeitivade, que é a proteção, irá realmente ser efetiva. Ele salienta que o ideal é o corpo criar a capacidade de estabilizar e ganhar estrutura para ele próprio promover esta proteção. Se há alguma lesão ou problema em algum lugar, então o atleta pode até usar esses equipamentos para dar proteção extra. CONTUDO, ele salienta, isso deve ser feito apenas se o paciente também estiver em tratamento do problema que o aflige.

Por quê? Porque o ideal é que o próprio corpo tenha a memória para realizar os movimentos necessários sem ajuda. Veja bem, o objetivo do CrossFit é trabalhar movimentos funcionais, movimentos que você vai usar fora do box também. Como por exemplo a necessidade de mover objetos pesados de um lado para outro. No seu dia a dia você está sempre de joelheira? Ou de cinto? Não! Então não se deve usar sempre. Rodrigo ainda usa como exemplo se você quebrar o braço. Quando você quebra o braço você põe gesso e, quando tira, percebe que a musculatura diminuiu muito, por falta de uso. A ideia é mais ou menos a mesma aqui. Se o sistema entende que ja tem algo promovendo proteção, como o gesso, porque ele vai gastar energia, isso faz com que ocorra uma hipotrofia muito rápida da musculatura.

Perguntei para o Rodrigo se seria aconselhável também o uso quando há muitas repetições do mesmo movimento com carga leve ou sem carga (um Murph, por exemplo). Ele falou que é claro que a fadiga preocupa, até por que a técnica não é mais tão perfeita quando se está muito cansado; Ainda assim, ele disse que o recomendável mesmo é apenas para cargas mais elevadas.

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