Já é sabido que a prática de atividade física melhora a saúde, a estética corporal e ajuda a prevenir e tratar diversas doenças, principalmente as ligadas à obesidade. Isso tem relação com um hormônio produzido pelo músculo esquelético, a IRISINA, em resposta ao exercício físico. Ela favorece a conversão do tecido adiposo branco em marrom, conhecido como browning (escurecimento), o qual é responsável pelo aumento da termogênese e do gasto calórico diário, reduzindo os depósitos de gordura corporal. Também é responsável pelo aumento da função mitocondrial, da redução do stress oxidativo e do dano ao DNA.
Em pessoas obesas, a liberação da irisina pelo exercício físico e pela menor massa muscular, fica prejudicada devido aos níveis de fibronectina que são responsáveis pela proteólise que libera a irisina.
Recentemente um estudo de Miriane de Oliveira et al [Molecular and Cellular Endocrinology Volume 515, 15 September 2020, 110917] relacionando a obesidade e risco grave de COVID-19 foi publicado indicando que o tecido adiposo serve como um reservatório para a replicação do vírus. Além de apresentarem menores níveis de irisina e maiores quantidades da molécula receptora do vírus (ACE2), quando comparados a indivíduos não obesos.
Por esse motivo, é de extrema importância a prática esportiva, principalmente as com exercícios de sobrecarga, associada a uma alimentação saudável, afim de manter uma boa massa muscular e um % de gordura mais baixo.
Paulo Eduardo Asaiag
Formado em Educação Física pela PUCPR
Formado em Medicina pela Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná
Pós Graduado em Medicina do Esporte e Nutrologia
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