Ele começou nos esportes no CrossFit há 5 anos atrás. Objetivo? Apenas emagrecer. Hoje, Gabriel Welzel (@gabrielwelzel_) está indo disputar nada menos que a mais importante competição do mundo: os NoBull CrossFit Games na categoria 16-17 anos. Depois de um 2019 complicado, tendo quebrado o cotovelo, Gabriel focou no futuro e com nada menos que 115 kgs de Snatch e 142 kgs de clean e jerk, ele com certeza vai dar muito trabalho em seu último ano como teen. Mas ele também promete não parar por aí. Conheça um pouco mais dele nessa entrevista para o HugoCross.
Nome: Gabriel Welzel
Qual afiliada você treina? Treino na CrossFit Barueri, em SP. @crossfitbarueri
Há quanto tempo você treina CrossFit? Treino crossfit há 5 anos. Comecei em 2016, já na Barueri.
Qual é o seu Benchmark favorito? Meu Benchmark favorito é o Isabel (30 snatches for time 135lb)
Qual é o seu ponto forte no crossfit? Movimentos de força, principalmente os com agachamento (thruster, OHS, Front squat) e os movimentos ginásticos suspensos.
Qual o seu ponto fraco no CrossFit? Há 2 anos atrás eu diria que minha deficiência no Crossfit é a resistência cardiorrespiratória, mas já venho batendo nessa tecla há 1 ano e meio. Ainda assim, é um ponto a melhorar.
Quais são os 3 objetos de treino essenciais que devem estar na sua mala? Meu grip da Skyhill, minha joelheira e minha Speed rope.
Qual o seu PR de Snatch? 115kg/255lbs
Qual o seu PR de Clean and jerk? 142kg/315lbs
Qual o seu Background esportivo? Não tenho Background esportivo. Já iniciei a vida esportiva no CrossFit. Antes disso não gostava de nenhum esporte, e me achava ruim em todos eles, o que me desanimava às vezes.
HC: Gabriel, conte um pouco da sua história e como você conheceu o CF e colocou na cabeça que iria buscar uma ida aos Games como atleta teen. E me diga…. Qual o papel da sua família nessa sua conquista?
Conheci o CrossFit em 2014, quando meu pai começou a treinar. Na época eu estava um pouco acima do peso, então o esporte veio como uma proposta de emagrecimento. Ninguém gosta de ser chamado de “peitinho triste” por aí.
A meta de ir para o games como teen é algo recente. Apesar de já ter participado algumas vezes do Open, era apenas “participação”, nunca havia sentido que me coloquei de coração nisso. Em 2020 uma chave girou na minha cabeça, e foi quando decidi que a temporada de 2021 me levaria para o Games.
A parte familiar nesse processo corresponde a tudo que sou hoje como pessoa, e por consequência, como atleta, e se resume quase que 100% ao meu pai, que me cria desde meus 5 anos de idade. Ele me apresentou o Crossfit, me apoiou e por vezes criticou, sempre me direcionando.
HC: Você fez o seu primeiro Open oficialmente aos 14 anos não se classificando para o online qualifier. Aos, 15, ficou em 96 no mundo na categoria e em 3º no Brasil. Mas em 2019 você não disputou o Open. O que houve naquele ano?
2019 foi um ano complicado para mim dentro do Crossfit. 2 dias antes do início do qualifier do início do ano (houve 2 Open naquele ano) eu quebrei meu cotovelo direito enquanto treinava. Me impedindo de competir pelo resto do ano.
HC: Esse ano você finalizou o Open em 62º, bem afastado das 20 vagas para os Games. No entanto, no online qualifier, você finalizou na 12ª colocação mundial e é o melhor brasileiro na categoria. Foi uma estratégia “se poupar” no Open para dar tudo no AGOQ? Ou foi uma conjunção de fatores de “provas perfeitas” e “vontade infinita”?
Não houve estratégia de economia de esforço. Após o Open eu percebi que teria que mudar algumas coisas na minha rotina. Eu só queria acabar o qualifier sabendo que dei 100% de mim nos treinos, sono, dieta, mentalidade e por fim a competição, independente do resultado final. Foi essa a primeira vez que me senti 100% entregue à missão. E para ser sincero foi um campeonato bastante difícil. As únicas provas que eram boas para mim eram a 5 (overhead squats e burpee box jump over) e a de RM de Front squat, já as outras foram certeiras em deficiências que ainda estavam sendo lapidadas.
HC: Esse é o seu último ano na categoria teens e você garantiu essa ida aos GAMES. Mas também será a sua primeira competição internacional. Na verdade, pelo que sei, sua competição mais forte até agora presencialmente foram as seletivas do TCB de 2018. Logo, podemos dizer que será a usa primeira competição de “peso” no presencial. Como está o coração para essa estreia?
Para ser sincero, estou tranquilo. Sei que no momento da competição a adrenalina e a ansiedade virão mas, por enquanto, tudo tranquilo.
HC: O que podemos esperar de Gabriel Welzel nesse Games? E se tivesse uma prova dos sonhos, qual seria? E dos pesadelos?
Essa é uma pergunta que me faço com frequência, e não sei responder. O trabalho foi bem feito e estou animado para ver os resultados a prova. Coisas boas virão. Quanto à prova perfeita ou a dos pesadelos, eu não costumo pensar nisso. Já são meses batendo e lapidando pontos que antes me assustariam. Só quero pôr os resultados em campo.
HC: Fora da categoria teens a partir do ano que vem….como ficará a carreira de atleta? Vai focar nisso agora na elite também?
A meta é seguir crescendo no esporte. É algo que me faz bem, e enquanto me fizer bem, sigo no jogo.