Novas mudanças no livro de regras da temporada dos CrossFit Games 2023

A CrossFit lançou há alguns dias o novo livro de regras, aquele que balizará a temporada 2023 dos CrossFit Games. A maior parte é o que nós já conhecemos e já soltamos para os individuais e o times (ainda faltando escrever sobre os atletas adaptados e categorias de idade). Mas alguma mudanças só ficaram claras após o lançamento do livro de regras:

Copa dos Afiliados

A principal mudança da categoria de times é que acabou a necessidade de treinar no mesmo box e morar a 100 milhas do box pelo qual você se inscreveu. Tudo que um atleta precisa fazer para disputar pelo time de interesse é fazer todos os workouts do CrossFit Open naquele box.

É importante frisar que a qualquer momento a CrossFit pode exigir os vídeos comprovando que aquele atleta realizou os três testes naquele box afiliado que está inscrito. Isso inclui comprovação de vídeo que tenha presente a data e hora em que foi gravado.

Ou seja, se você quer participar de um time, de um box afiliado (apenas boxes afiliados sem débitos com a CF podem inscrever times), basta fazer as 3 semanas de provas lá e submeter um resultado em TODOS os workouts.

Individual – Elite

Aqui a principal mudança feita é onde os atletas competirão as suas semifinais presenciais. O critério usado ano passado e ainda válido esse ano e é o principal: cidadania. Se você é brasileiro, terá que disputar o Copa Sur. Se você é americano, terá que disputar uma das duas semifinais nos EUA, dependendo de em qual estado americano está seu box.

A diferença é que agora temos uma “cláusula Tia-Clair Toomey” e uma “cláusula Roman Khrennikov”, se pudermos apelidar assim. A primeira se refere ao fato de que se você puder provar sua residência por mais de 3 anos em outro país se não aquele pelo qual é cidadão, você pode disputar a semifinal referente aquele país. Caso de Tia-Clair Toomey, que poderia disputar nos EUA e, de quebra, ainda liberar mais uma vaga para a Oceania (já que uma seria a dela com certeza). Contudo, a bandeira (pelo menos na primeira etapa – ainda não há certeza se isso ocorrerá nos Games), mudará. Ou seja, ao invés da bandeira australiana, ela competirá sob a bandeira americana.

A segunda, a “cláusula Roman Khrennikov”, diz que se um atleta mora há menos de 3 anos em outro país mas tem restrições por causa de visto, ele pode optar por competir pelo país que reside. É notório que Roman teve diversos problemas com visto e apesar de ter se classificado diversas vezes, só conseguiu competir presencialmente nos Games uma única vez, ano passado, quando ficou com o segundo lugar.

Há ainda exceções para caso de dificuldade financeira extrema de viajar para seu país de cidadania ou restrições políticas que poderiam comprometer sua ida à semifinal a qual você seria designado. Vale salientar que para essas exceções ocorrerem, o atleta deve solicitar preenchendo um formulário específico até o dia 01 de Fevereiro de 2023.

Pontuações

Antigamente existia 4 tipos de pontuações diferentes na análise de um vídeo:

  • válido: quando o atleta fez tudo como deveria;
  • válido com pequena penalidade: caso o atleta tenha tomado alguns “no reps” ou contado errado algumas reps. Nesse caso o score pode ser ajustado pela CrossFit de acordo com o movimento exigido;
  • válidos com penalidade alta: no caso se o atleta tiver muitos “no reps”, o score pode ser ajustado tirando pelo menos 15% de suas repetições ou aumentando o seu tempo de acordo;
  • Score 0 (zero): caso o atleta realize um grande número de “no reps”, ou movimentos errados, a CF pode alterar seu resultado para zero. Isso não desclassifica o atleta e os outros resultados podem ser valer normalmente. Isso pode tirar um indivíduo definitivamente da semifinal presencial, mas é bom para caso algo aconteça com um atleta de um time que teria apenas aquele score totalizando zero.
  • Inválido: A CF determinará o vídeo como inválido se considerar que o atleta agiu de má fé para manipular o resultado ou ganhar alguma vantagem indevida. Nesse caso todos os resultados serão invalidados.

Diferentemente do que ocorreu no ano passado, a CF voltou a exigir a validação do responsável pelo box afiliado para considerar o score válido. Além disso, qualquer atleta que tenha feito fora de um box afiliado, mesmo na presença de um juiz certificado pela CF, deverá submeter um vídeo comprovando seu resultado.

Em breve traremos as modificações para os atletas adaptados e categoria de idade.

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