Como os brasileiros se sairiam em outras semifinais? Parte 2: Victoria Campos e Team Treta

Neste artigo em duas partes, decidimos colocar os atletas brasileiros que pegaram pódio nas outras semifinais para ver se eles conseguiriam vagas para os CrossFit Games também. Na primeira, publicado previamente, analisamos os 3 homens que pegaram pódio. Agora é a vez da única brasileira entre as três primeiras, a bicampeã do Copa Sur, Victoria Campos; e o time campeão do evento, Templo SA Team Treta. De novo, temos plena noção das diferenças entre as semifinais, mas ainda assim consideramos que há um grande interesse nesse tipo de comparação.

Essa análise foi um pouco mais complexa principalmente por causa da diferença na forma em que a pontuação era passada nas semifinais da América do Sul e Ásia em relação às outras quando a equipe, ou o atleta, não finalizavam a prova. Por isso fica registrado um agradecimento especial à organização do evento que me auxiliou a entender as diferenças na análise do teste 1 no individual e testes 1 e 3 dos times.

Em resumo? Além da classificação em primeiro pelo Copa Sur, Victoria Campos ainda teria a classificação pelas semifinais da África e da Ásia (em 1o). Já o time Templo SA Team Treta se classificaria em primeiro na África e em segundo na Ásia, conquistando a vaga para os Games em 3 semifinais também. Vamos ver como ficaria cada um isoladamente.

Victoria Campos

Assim como no caso masculino, o maior problema para a Victoria seria o teste 1. Foi nessa prova que ela obteve as piores colocações em todas as semifinais, seja o último lugar da Oceania ou o penúltimo na Europa. O último teste também não foi bom para Campos, que ficou acima da 40a colocação geral nas semifinais americanas e europeia, de um total de 60 atletas.

Seus melhores resultados estariam concentrados no teste 2 e 6. No caso da segunda prova, ela teria ficado no top 10 em todas as semis. Na sexta prova, ela só sairia do top 10 na semifinal americana – oeste, com a 12a colocação. O teste 3 e o teste 4 foram resultados bons, mas não bons o suficiente para compensar o mau desempenho nos testes 1 e 5. Com isso, além das semis que ela se classificaria, ela ficaria com a 8a colocação na Oceania, 20a na North America West e 21a tanto na North America East como na Europa.

Templo SA Team Treta

O time formado por Tatá Rebane, Caroline Ferreira, Luiz Henrique Alves Moreira e Tato Outor fez um Copa Sur de recuperação após uma dificuldade inesperada de Tatá Rebane, experiente atleta, nos Double Under do teste 1. E foi exatamente essa prova que complicou a classificação do team treta em outras semifinais. Um 20o lugar nessa prova, ao invés de um 37o, teria garantido a classificação para o time no North America West; assim como um 10o ao invés de um 19o, garantiria a classificação na Oceania. Mas só uma melhora razoável nessa prova não ajudaria a tirar os 76 pontos do 10o colocado na semifinal norte americana leste e os 61 pontos de diferença do 10 na europeia. Seria preciso atacar também a outra prova que não foram tão bem, o teste 4, a única outra que os deixou na metade inferior do leaderboard.

As melhores provas do time lhes dariam top 10 em qualquer semifinal que disputasse: o teste 2 e 5. A prova 2 tinha muscle ups e thrusters sincronizados e a prova 5 envolvia cleans pesados. No teste 6, que tinha ginástico, cardio e worm, foi uma boa prova também, deixando-os fora do top 10 apenas na semifinal leste, na 12a colocação. De fato, isso prova que o time é competitivo mas com algumas valências importantes que podem prejudicá-los no geral.

Além da colocação já anunciadas nas semis que eles se classificariam, eles ficariam na 5a colocação na Oceania, em 14o nas semifinais europeia e norte-americana – leste e em 15o na semifinal norte-americana oeste.

E ai? Como vocês acham que os brasileiros irão nos Games? Comentem aqui.

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